terça-feira, 26 de agosto de 2014

A história do clássico banguense, que volta a acontecer após seis anos

Fonte: FutRio
Link da Matéria Original: http://futrio.net/site/noticia/detalhe/35179070/a-historia-do-classico-banguense-que-volta-a-acontecer-apos-seis-anos

Ceres e Bangu estreiam na Copa Rio nesta quarta-feira (27), na Rua da Chita


Separados por uma caminhada de 10 minutos, Bangu e Ceres estão mais distantes do que se imagina. Contrariando a proximidade dos estádios, os clubes não formam uma rivalidade tão ácida como, por exemplo, Guarani e Ponte Preta, que dividem o mesmo bairro e fazem clássicos que param Campinas (SP). No entanto, como tudo que envolve o futebol do Rio de Janeiro, o duelo entre os dois clubes banguenses também possui o seu charme. E, nesta quarta-feira (27), pela rodada inaugural da Copa Rio, ele volta a acontecer após seis anos.

imageNa última vez em que aconteceu, o dérbi esteve longe de parar o bairro. Apenas 82 torcedores acompanharam o jogo, que terminou em sonoros 5 a 0 para o Bangu. A maior curiosidade, porém, esteve no banco de reservas. Mário Marques, hoje treinador banguense, na ocasião comandava o Ceres. Lutando contra o rebaixamento, o comandante viu sua equipe ser atropelada pela que, no futuro, se sagraria campeã da Segunda Divisão do Carioca.

- Em 2008, o pensamento do Ceres era apenas se livrar do rebaixamento, pois disputaríamos o grupo da morte. No fim, conseguimos o nosso objetivo. As derrotas (foram dois jogos durante o campeonato) foram normais. O Bangu ganhou bem pois tinha uma time muito forte e foi campeão - conta Mário.

imageTrês jogadores daquele confronto jogaram em 2014 pelos respectivos times. O goleiro Léo Flores e o atacante Dionísio, do Ceres, e Bruno Luiz, do Bangu, rodaram, mas voltaram para seus clubes de origem neste ano. Valdir, hoje no Mogi Mirim (SP), marcou três vezes, com dois gols de pênalti. Vitor Hugo e o já citado Bruno Luiz fecharam o placar.

História curta e pouca rivalidade
Apesar de estarem muito próximos, Ceres e Bangu dificilmente estiveram na mesma divisão ou na mesma chave de um torneio oficial. Tanto que o confronto aconteceu apenas nas duas vezes da Série B do Carioca em 2008. Talvez isso explique a pouca expressão da rivalidade entre os torcedores.

- Enquanto o Bangu está na Série A e tem tradição no Brasil, o Ceres é mais conhecido no Rio, e pelas ótimas campanhas que fez na Série B nos últimos três anos. É um jogo histórico por envolver dois times do bairro e que são muito próximos, mas não vejo muita rivalidade - opina Mário Marques.

O atual técnico do Ceres, Leandro Ferreira, afirma que as brincadeiras e gozações entre torcedores e até mesmo dirigentes e funcionários são pequenas, mas existem. O treinador diz que a expectativa pelo jogo é grande, ainda mais sendo a estreia da Copa Rio, mas descarta qualquer pressão por resultado.

- Existe uma rivalidade sadia. Conheço muita gente no Bangu, e quem está lá conhece muita gente daqui. Vamos buscar a vitória e que vença o melhor. A localidade aqui está mobilizada e a rivalidade é algo bem bacana entre as duas torcidas. Mas não creio que haja pressão para nenhum dos dois lados.

Portões estarão fechados fechados

Se o último confronto mobilizou pouco o público do bairro para ir ao estádio, este será ainda mais triste neste sentido. Como o João Francisco não tem os laudos técnicos exigidos pelo estatuto do torcedor, a partida será realizada com portões fechados, sem a venda de ingressos e presença de torcedores.

Quem quiser saber o andamento da partida precisará sintonizar a Rádio FutRio, que transmitirá o clássico com exclusividade a partir das 14h30min. Gabriel Andrezo narra e Renan Mafra comenta. O restante dos jogos terá cobertura em tempo real doPlacar FutRio.

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