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O assunto hoje não são os jogos da primeira rodada da segunda fase da Copa Rio. Mais uma vez tenho que falar de procedimentos por baixo dos panos, assuntos que por si só trazem desgosto ao torcedor carioca, mas que refletem a forma como um sub-clube vem agindo: na base do tapetão e dos tribunais.
Pra mim, o América, do advogado Mauro Chedid, é um sub-clube, um mau perdedor, uma entidade antipática, que tem buscado atrapalhar todas as competições que disputa.
Isso não é de hoje. Não é privilégio desta diretoria americana. Ao impetrar um recurso contra o Ceres um recurso contra o Ceres Futebol Clube, alegando que o jogador Felipe Reis não tinha condições de atuar, por ter sido suspenso por três jogos na época em que defendia o Duquecaxiense, o advogado Mauro Chedid já conseguiu tumultuar até um torneio de pelada, como é a Copa Rio.
Vamos lembrar que o América só entrou na Copa Rio como convidado, é bom que se diga. As vagas estavam reservadas apenas aos cinco primeiros colocados da 2ª Divisão em 2012 e, ano passado, o América sequer foi além da primeira fase da competição.
Após perder vexatoriamente, em casa, para o mesmo Ceres, o sub-clube rubro está tentando achar alguma irregularidade em algum dos 26 atletas que compõem o elenco do time da Rua da Chita para prosseguir na competição.
Vejam que deprimente. O América sempre foi assim. Em 1987, naquela louca divisão dos clubes em Módulo Verde e Módulo Amarelo, o América se recusou a ficar na mesma chave dos times menores. Reclamava seu direito a ficar do lado dos "grandes" porque tinha sido o quarto colocado no Brasileirão de 1986.
Assim, a chave do Flamengo teve 16 equipes. Enquanto, a chave do Sport contou apenas com 15 clubes. O América não jogou.
No campo, naquele módulo, subiram Sport, Guarani, Bangu, Atlético Paranaense, Criciúma, Vitória e Portuguesa. Sete equipes.
Em 1988, graças à Justiça, o América conseguiu a oitava vaga na 1ª Divisão do Brasileiro no lugar da Inter de Limeira.
Esforço inútil. O clube rubro ficou em último lugar entre 24 equipes e foi rebaixado para nunca mais voltar.
Em 1999, novamente o América se recusou a participar de uma competição. No caso, o Torneio Seletivo que daria duas vagas no Campeonato Carioca daquele ano. Era para o América enfrentar o Olaria, o Itaperuna, a Cabofriense e o Volta Redonda. O América não foi para a guerra e tentou, em vão, ser inserido no Campeonato pelas mãos da Justiça.
Depois, no segundo semestre, quando soube que ficaria de fora do Campeonato Brasileiro da 3ª Divisão, perdendo a vaga para o Bangu, voltou a recorrer à Justiça. Mas o regulamento da CBF era claro: só poderia participar da Série-C de 1999 quem tivesse disputado a 1ª Divisão dos Campeonatos Estaduais. E o América ficou de fora.
Em 2012, o América também tentou paralisar a Copa Rio. Empatou em todos os critérios com o Olaria, mas ficou de fora pelo confuso índice técnico, estipulado pela Federação. O presidente Vinícius Cordeiro xingou, chiou, ameaçou. Mas a vaga na segunda fase ficou mesmo com o Olaria.
Agora, em 2013, novamente o América está tentando alguma coisa na Justiça. Já obteve sucesso na 2ª Divisão, quando o Goytacaz, realmente, tinha cometido um erro básico. Mas, agora, acho difícil emplacar outra vitória nos tribunais.
Mauro Chedid age como um desesperado, com o aval do presidente Vinícius Cordeiro. Os dois tentam reaver na Justiça, os pontos que sua equipe não consegue fazer em campo.
Houvesse uma real Justiça Desportiva e era o América quem seria sucessivamente punido. Houvesse uma lei que tirasse pontos de clubes que estão devendo meses e meses de salários a seus atletas, e o América passaria todas as competições com pontos negativos.
O América hoje é um sub-clube, que tenta por meios e modos garantir-se nas competições buscando falhas dos outros times. Em campo, porém, o América perde até para o Rosita Sofia.
Essa diretoria que gosta de recorrer ao tapetão deveria olhar mais para os próprios erros do que para os erros dos outros. Não é à toa que o gramado do estádio de Édson Passos é um dos piores do Rio. Não é à toa que seus jogadores sempre reclamam para a imprensa da falta de pagamento. Não é à toa que alguns torcedores se irritam com os resultados e partem para as "vias de fato" com os próprios atletas.
O América é um sub-clube, tornou-se um inconveniente no seio da Federação do Rio, um time que só serve para atrapalhar as próprias competições que disputa.
Sexta-feira é o julgamento do caso no TJD-RJ. A Justiça é generosa. Tem várias esferas. Depois ainda tem o Pleno do TJD, tem o STJD, tem tudo.
O sub-clube quer uma vaga na segunda fase. Dêem uma vaga a ele. Deixem-no jogar, mas é certo que não conseguirá de forma alguma ir até às semifinais. Esse time do América é horrível. Será uma presa fácil de Olaria, Bangu e Volta Redonda e até do Tabajara...
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