sábado, 16 de março de 2013

Ceres tem Pagodinho e zagueiro da Guiné Equatorial

Fonte: FutRio
Link da Matéria Original:  http://futrio.net/wp/63256-ceres-tem-pagodinho-e-zagueiro-da-guine-equatorial

Claudio Pagodinho é o artilheiro do time de Bangu e Ronan já jogou por seleção africana

Claudio Pagodinho (Foto: Anderson Luiz)


A Série B do Campeonato Carioca é recheada de curiosidades e situações incomuns. O Ceres, equipe da Zona Oeste do Rio, tem dois jogadores que fogem um pouco do lugar comum da maioria dos atletas: um pelo apelido divertido, outro por já ter defendido uma seleção nacional, embora de pouca tradição internacionalmente.
Claudio Pagodinho já é o artilheiro do Ceres nesta edição da Segundona, com três gols (todos marcados contra o Artsul, na segunda rodada). O atacante folclórico e matador tem, no plantel, a companhia do zagueiro Ronan, elegível para jogar pela seleção da Guiné Equatorial, no Oeste da África.
Em sua segunda passagem pelo Ceres (a primeira foi em 2011), Pagodinho volta a ser titular na equipe treinada por Floraci Pereira. O jogador defendeu o Madureira no ano passado, mas não vingou. Ele explica que a origem de seu nome, que vem da infância, quando já era fã do cantor Zeca Pagodinho. Na verdade, ele só conseguia dormir ao ouvir a voz do famoso sambista:
- A história é longa, mas vou tentar resumir. Quando eu era pequeno, era muito chorão, só parava de chorar quando escutava a música do Zeca Pagodinho, aí ficou o apelido. E ficou pagodinho, pagodinho… E pegou, até hoje (risos).
Autor de três gols diante do Artsul, na quarta-feira (13), Claudio Pagodinho já é o artilheiro do Ceres na Série B do Carioca. Humilde, ele não pede música, mas afirma que está disposto mesmo é a ajudar sua equipe a alçar voos mais altos na Segundona do Carioca.
- Esse negócio de pedir música é para quem já galgou sua História no futebol. O importante são os gols que ajudaram a equipe a conseguir uma boa vitória. Vamos ver se embalamos para o próximo jogo – diz.
Ronan: de Magé para a África
Outro destaque curioso da equipe de Bangu é o zagueiro Ronan. Ele não veio da África – nasceu em Magé -, mas passou a ter condições de defender a seleção da Guiné Equatorial mesmo sem nunca ter atuado por lá. Ele e mais seis jogadores brasileiros passaram a ser chamados para defenderem o país em 2005, pelas mãos do então técnico da equipe, o também brasileiro Antônio Dumas.
O pedido para que Dumas chamasse Ronan e outros compatriotas veio do ministro dos esportes do país africano, Ruslán Obiang Nsué. A febre brasileira também se repete na seleção feminina, bicampeã africana, e que ainda hoje é quase toda formada por meninas nascidas no Brasil.
- O convite foi feito quando eu jogava no Cruzeiro, em 2005. A Guiné Equatorial fez uma pré-temporada de três meses na Toca da Raposa e o Antônio Dumas me fez a proposta. Eu aceitei, recebi a liberação e pude ir. Agora, estou esperando a convocação para o jogo contra Cabo Verde, pelas Eliminatórias da Copa – diz o zagueiro, que espera ser chamado pelo novo técnico, o espanhol Andoni Goikoetxea:
- Meu último jogo foi contra a República Democrática do Congo, em outubro. Infelizmente, não conseguimos nos classificar para a Copa da África. Quando jogamos a competição em casa, em 2012, fui convocado mas acabei cortado, me lesionei ao me apresentar ao Americano.
O defensor, que não enfrentou o Artsul por não ter tido condições documentais na primeira rodada – o jogo foi adiado, mas as regras de inscrição seguiram valendo -, espera poder ajudar o Ceres a conquistar o acesso à Série A do Carioca, além de ser chamado mais vezes para defender a Guiné Equatorial.
- É minha segunda Série B, já joguei uma pelo America. Nosso grupo está fechado, vem se preparando muito bem, tem o objetivo de fazer um grande campeonato. Perdemos na estreia, mas ganhamos a segunda. Vamos pensando com calma, dando um passo de cada vez – concluiu Ronan.

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